terça-feira, 31 de outubro de 2006

PEACE!
Uma sugestão, via email, duma versão de "Sweetest Thing" por um coro de crianças - o St. Fiachara's Junior School Choir - faz-nos lembrar a versão dos ScalaChoir ouvida nos "Bons Rapazes" da Antena3 para o tema "Heartbeats" dos The Knife. Este tema, que é já um clássico moderno e que já foi coberto brilhantemente por José Gonzales, ganha nesta cover toda a sua dimensão pacífica e inspiradora. O coro é constituído por cerca de sessenta jovens belgas e a música está no seu último album "It all lads to this" editado em Setembro passado. O video abaixo não é oficial mas é o bálsamo ideal para estes tempos! Ten days of perfect tunes...


segunda-feira, 30 de outubro de 2006

EQUÍVOCOS
Na falta do IPod, temos aproveitado para circular na caixa de cd’s da viatura alguns discos adquiridos nos últimos tempos mas que não tivemos ainda oportunidade de apreciar devidamente. A este propósito, calhou a vez de um disco de King Britt editado em 2005, realizado em torno da herança de Sister Gertrude Morgan, voz lendária do gospel americano e que é simplesmente brilhante. Automaticamente, recordamos que vimos a apresentação deste album de uma forma, no mínimo, bizarra. Em Março de 2005 deslocamo-nos a Paços de Ferreira, em típico Sábado à noite de província, para numa pequena discoteca (?) vermos um raro concerto do artista e sobre o qual, quando lá chegamos, tememos o pior... Numa espécie de hall a bateria estava num balcão, músicos, num total de cinco, em cima uns dos outros a que se juntava, na área da discoteca propriamente dita, a perfomance do próprio King Britt na manipulação de imagens e sons referentes à própria Sister Gertrude Morgan. Indescritível. Público caído de pára-quedas... (King quê?) concerto iniciado, som sofrível e
concerto/perfomance no mínimo aceitável. Claro que o nosso grupo foi o único que bateu palmas e que comprou e assinou discos no final. O resto estava era à espera do house habitual de sábado à noite que “isto aqui não há pão pra malucos...”. Mas quem é que programa isto?
Ainda este ano o exemplo repetiu-se. Uma das mais brilhantes vozes do novo soul/funk, Alice Russel vem ao Porto para noutra discoteca (Act) apresentar, com uma banda em pleno, o seu fabuloso segundo disco. Sexta-feira e em plena febre dos morangos, vemo-nos rodeados de D’Zrts indiferentes por todo o lado, espaço à pinha e, obviamente, más condições de som e visibilidade. A artista a dar o máximo e nós a pensarmos o bom que seria... another time another place! Mas talvez, de todos estes exemplos o que nos dá mais pena, sem ter assistido ao concerto, tenha sido os Kings of Leon no ... Rock In Rio Lisboa 2004!! Buáa, buáa…



MÚSICA, nem que seja aos gritos!
Quando hoje ao final da tarde reabastecemos as nossa baterias musicais com novidades em mp3 no local habitual, trocavamos impressões com o “fornecedor” sobre a facilidade de acesso a todo este universo musical que a internet nos permite. Basta ler ou ouvir sobre uma nova banda que em minutos somos capazes de saber que tipo de música e influências a caracteriza, quantos discos editaram e, obviamente, armazenar rapidamente uma serie de ficheiros digitais, ao mesmo tempo que os vamos ouvindo. Curiosamente, logo a seguir damos com um interessante e pertinente artigo no Público de hoje da autoria de Vitor Balenciano chamado ”Alguém desliga a música por favor!” e que começa assim “O excesso de música está a mudar a forma como a experimentamos. A geração iPod já não a ouve, colecciona-a. Nos espaços públicos é omnipresente. Os músicos têm uma infinidade de suportes para a expor, mas também se banaliza mais. A 21 de Novembro, em Inglaterra, vai haver um dia sem música. Estamos a precisar de uma dieta musical?”(...)
Será que sim? Vamos aguentar um dia sem música, sem a “nossa” música? Realmente, toda a música que hoje trouxemos gravada num DVD não fazemos ideia quando a vamos ouvir...Isto é, ouvir como deve ser, como faziamos há 10 anos atrás, sorvendo cada momento de um disco, sabendo as letras de cor, o nome dos músicos e escolhendo as nossas favoritas. Só que agora num simples aparelho ou computador, temos toda a música que ouvíamos há 10 anos, há 20 ou 30 anos, mais toda a música nova e moderna em versão ainda inédita, ao vivo ou demo, remisturada ou remasterizada, pirateada ou ripada que já não sabemos o que é que faz parte do disco original, dos singles, dos inéditos ou bónus... O que é certo é que não disistimos e quanto mais temos mais queremos ter. Doença? Talvez, mas mesmo assim e respondendo à pergunta, não precisamos, para já, de uma dieta musical. No tal dia 21 de Novembro vamos aproveitar para iniciar uma outra dieta... a de trabalho!

sexta-feira, 27 de outubro de 2006


CAMERA OBSCURA – revelação adiada
Do concerto dos Camera Obscura realizado ontem em Coimbra já alguns comentários pertinentes por aqui apareceram. De uma banda com já dois ou três albuns e várias Peel Sessions gravadas, que demonstram em disco solidez e veia pop aguçada, esperava-se algo mais. Inicialmente inseguros e a precisar de algumas voltas de aquecimento, o colectivo de sete músicos teve a sorte de estar perante um público (incompreensivelmente?) rendido e band friendly. Tendo em conta que o teatro se apresentava praticamente cheio e pleno de expectativa, assistimos a uma apresentação desmotivante, a soar a ensaio ou check sound. Das melodias e arranjos, por vezes brilhantes, que transparecem da sua música em disco, muito pouco pairou no Teatro Academico, talvez por culpa da acústica da sala ou da aparelhagem sonora. Apesar da simpatia da mentora e vocalista, a sua voz pareceu na maioria das vezes desajustada, baixa e a precisar de muito vinho do Porto, tal como ela própria sugeriu... Fez-nos lembrar, logo na altura, que devia ser assim que os seus conterrâneos e notórios inspiradores escoceses Belle & Sebastian soariam quando gravaram “Tigermilk”, o seu primeiro album, já lá vão dez anos. Ainda bem que o concerto foi curto (pouco mais de uma hora)...
(foto: não é do concerto, mas serve...)

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

NOVIDADES
Os Apse tocam amanhã no Mercedes. Trata-se de uma banda a descobrir de sonoridade escura mas interessante.
Os Sparklehorse são mais um nome confirmado para o Festival Para Gente Sentada de St.Mª da Feira a 24 e 25 de Novembro. Juntando ao já confirmado Fink, temos festival... Os Sparklehorse são um projecto do saudavelmente louco Mark Linkous que em 2001 nos brindou com um magnífico album chamado "It's a Wonderful Life". O novo album "Dream for light years ..." (grande site, Aglidole) é bajulado por toda a crítica mas ainda não o ouvimos (alerta de radar em Miramar). Aqui fica o belíssimo video de uma grande canção de 2001 - Little Fat Baby



CLÁSSICO #1
No dia em que vamos arriscar uma ida a Coimbra para testar a Camera Obscura, a música que nos entrou pelos ouvidos dentro, logo de manhã, foi este “Babies” dos Pulp, um verdadeiro hino 90. Como nunca vimos o video, procuramos no local habitual. Das versões encontradas escolhemos esta. Tantas recordações do desaparecido “Rockódromo das Antas”, já lá vão para aí uns oito anos, numa noite em pleno com Nick Cave, os Pulp e Moby! Já agora por falar em Antas... é do
camandro!
MUSICULT - muito interessante!
Sugerido por uma boa amiga e para quem julga que a música no Porto não se discute, ora aqui está um boa iniciativa. Mais pormenores aqui

quarta-feira, 25 de outubro de 2006









AMERICAN MUSIC CLUB
tão longe e tão perto
Somos, desde sempre, completamente apanhados pelos American Music Club e consequentemente por Mark Eitzel. Temos os discos todos e mais alguns, mas faltava este chamado "United Kingdom", editado na Europa em 1989. Procuramos, ao longo de anos, em todo o lado e obviamente na net. Nada, ou então a preços proibitivos. A nosso pedido, amigos fiéis sacaram-no da rede. Mas continuamos a procura do original. Não é que em plena cidade do Porto, através da sua versão on-line encontramos o disco na Louie Louie, com loja na Rua do Almada, ainda por cima na sua versão original inglesa em vinil e a um preço justo! Encomenda feita, envio à cobrança e em dois dias resolvemos o assunto! Recomendamos a visita e linkamos tão agradável eficiência. Para comemorar este triunfo difícil aqui deixamos o mestre...


segunda-feira, 23 de outubro de 2006




















SINGLES #2
GNR - Dunas

Os cartazes espalhados pela cidade não enganam. Os GNR fazem 25 anos de carreira e o Coliseu prepara-se para a festa. Crescemos, em todos os sentidos, com eles. Da vintena ou mais vezes que os vimos ao vivo, ao longo da década de 80, conseguimos aderir até 1993 aquando do concerto no velhinho estádio das Antas. Mas, já aí, a motivação era nula e a nossa presença só teve precisamente uma finalidade – o de colocar um ponto final na agonia crescente em que a musica dos GNR se tornou depois de “Psicopátria” (1986). Ainda recentemente, numa roda de amigos, se discutia o desnorte e incorência de um grupo tão marcante para uma geração ávida de concertos e boa música e que via nos GNR algo de inovador e moderno, no bom sentido da palavra. Falamos, por exemplo, de um lado B de um album totalmente preenchido com um só tema estranho, mas brilhante (Avarias de “Independança), o disco fundamental da música portuguesa que é “Os Homens não se Querem Bonitos” (1985) logo seguido de um inesquecível “Psicopátria”, de música directa, sem contemplações ou hesitações. O single que motiva este desabafo, traz-nos há memória inúmeras histórias, ambientes e recordações. Ao vivo, “Dunas” era aquele momento muito especial em que sabíamos que o Toli iria aparecer com o acordeão, em que o Romão incentivaria as palmas e que o Reininho iria reinar, alterando a letra sabida de cor (“...alheiras e tudo...”). No Carlos Alberto ou Coliseu, em pavilhões de escolas, na Exponor, no largo da Foz em frente à Indústria, numa discoteca de Esmoriz (Dacasca?) e em tantas outras oportunidades, vimos e sentimos os GNR como o nosso grupo, da nossa cidade, tocando a nossa música. Lembramos uma cassete pirata gravada ao vivo em Satão (Viseu), com proveniência de Campanhã, que ainda hoje guardamos religiosamente e que ouvimos vezes sem conta. À força de “Twistarte” e “Piloto Automático” respondíamos com a tecla de Rewind... Gostavamos, efectivamente, de recuar no tempo e ter testemunhado um caminho diferente, de amadurecimento qualitativo, coerente e pertinente. Resta, contudo, alguma esperança que a seiva torne a crescer e que 25 anos não seja um simples cartaz afixado nas paredes.

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

VASCULHAR #1
Por aqui vamos deixando algumas histórias associadas a discos comprados recentemente. O certo é que os adquirimos cada vez menos e quando o fazemos temos, nos últimos tempos, optado pelo vinil, sempre que a edição o merece. É o caso do disco de que vamos falar: um vinil 12” dos Rolling Stones de cor laranja “Brown Sugar” com um outro tema chamado “Cocksucker Blues”, adquirido em pleno verão numa das Fnac’s do Porto quando os Stones vieram tocar a Campanhã (vulgo Estádio do Dragão...). (Re)editado pela Atlantic americana este ano, o disco foi (é?) uma preciosidade. Sem capa, mas sim com um simples plástico, foi o lado b que nos chamou a atenção. Já tinhamos ouvido falar de um documentário/filme maldito com este nome, encomendado pelos Stones e realizado em 1972 por Robert Frank, autor da capa de Exile on Main Street. Com o objectivo de retratar a tournée americana desse ano, o filme só muito raramente foi apresentado publicamente e nunca foi editado por ordem expressa da banda. A explosiva mistura de drogas, orgias e outros exageros a isso obrigou. A película sofreu, obviamente, edição pirata massiva mas nunca tivemos oportunidade de a ver/obter (allô Miramar!). Agora via YouTube alguns clips estão disponíveis. Apesar da qualidade não ser brilhante (foi gravado em 16mm), deixamos aqui um pequeno excerto que se refere a uma versão ao vivo de "Satisfaction" com Stevie Wonder, acompanhados ainda pelos Glimmer Twins. Com a presença de Truman Capote e Andy Warhol, passando por Bianca Jagger e outros cromos, são famosas as cenas de masturbação do próprio Jagger ou o lançamento de um televisão da varanda de um hotel por parte de Keith Richards (também no YouTube, mas retirado!!). Curiosamente damos de caras na rede com alguns mp3 desta fase. O som não é muito bom mas...who cares! (descarregar)


quinta-feira, 19 de outubro de 2006

















T-SHIRTS...
Há alguns dias um querido amigo ostentava orgulhosamente uma t-shirt dos Smiths, parecida (igual?) com a da imagem acima. Na altura pensamos: ok, vestir uma camisola dos Smiths nos dias que correm só pode querer dizer uma coisa: ele, nos anos oitenta, gostou muito desta banda e continua a gostar! Nós também. Não é que ao ler hoje a crónica de um Nuno Costa Santos na Revista Atlântico de Outubro recordamos o nosso pensamento do fim-de-semana passado. No texto, intitulado “Diz qual a t-shirt que usas”, afirma-se, entre outros: “Porque a questão tem esta gravidade toda: usar uma t-shirt de uma banda de que se gosta é um dos últimos gestos adolescentes na vida de um adulto (é isso e jogar à macaca com as senhoras da junta de freguesia). É como dizer ao mundo: ”Olha, se me quiseres conhecer um bocadinho ouve a banda cujo nome exibo defronte dos meus generosos peitorais”. É como abrir algumas divisões da nossa casa a estranhos.(...)”
Por isso, antes de vestirem as vossas t-shirts musicais tenham mesmo a certeza que gostam muita da banda ou músico que divulgam e estejam preparados para o desafio. “E, sé é para mostrar algumas páginas de um diário musical ao tipo que nos põe gasolina no carro, mais vale mostrar o nosso. É que, hoje em dia, nunca se sabe o que é que as pessoas andam a ouvir para aí”. Nem mais!


CALDO VERDE - tudo confuso...

Mark Kozelek é grande! Fundador dos Red House Painters tem uma editora com um nome curioso - Caldo Verde. Fundada em 2005 para editar o seu projecto Sun Kill Moon, que já vai em dois albuns, sendo o último uma verdadeira joia. "Tiny Cities" é todo ele composto por fabulosas versões dos Modest Mouse. Já esteve no Porto (no Mercedes...) e parece ter gostado da sopinha! Nós também. (Re) descubram-no no My Space (particularmente a pérola "Trucker's Atlas").

quarta-feira, 18 de outubro de 2006


















SCARLETT vs WAITS

Sim, sim... Scarlett Johansson outra vez.
Não é que a menina está a gravar um album de versões de Tom Waits! Tendo em conta a forma brilhante como ela interpreta o "Summertime" de Gerchwin, até temos arrepios só de pensar no que vai resultar deste "dois em uma".
Ora oiçam-na lá (e cá) ... ai, ai.

terça-feira, 17 de outubro de 2006















FINAL FANTASY – transparência emotiva!

Não poderíamos começar melhor!
O primeiro concerto de que aqui vamos falar decorreu ontem à noite na Casa das Artes de Famalicão e excedeu todas as nossas expectativas. Da parte da tarde o músico tinha passado já pela FNAC de St. Catarina, com casa cheia e ansiosa, prevendo a enchente da noite.
Final Fantasy é o projecto solitário de Owen Pallett, violinista virtuoso canadiano, conhecido pela sua colaboração como Arcade Fire. Nesta primeira investida a norte, o músico apresentou o novo album chamado “He Poos Clouds” com a colaboração, não de outros músicos, mas sim, de uma performer, ao que percebemos, chamada Steff. Com a ajuda de um simple retroprojector colocado em pleno centro do palco, a artista vai passando manualmente transparências (acetatos) coloridas, recortadas ou desfocadas, em sobreposição movimentada ou estática, concebendo, ao mesmo tempo que a música e voz de Pallet, ambientes e cenários brilhantes e eficazes, num verdadeiro slide-show humano. No início de cada tema uma palavra chave é apresentada, funcionando como leit-motif para a sequência seguinte. Resultado: uma simbiose simples, mas líndíssima e perfeita.

A música dos Final Fantasy é de concepção intimista mas de resultado maravilhoso. Com a ajuda de uma loopbox, a máquina “Pallet” vai, tema atrás de tema, debitando canções intemporais. A sua voz doce, cantada no microfone de palco ou no amplificador do próprio violino, resulta em pleno por cima de melodias rendilhadas e genialmente concebidas. Sem contemplações ou pausas desnecessárias, o concerto caminhava para o fim. No encore, a brilhante versão do tema “This Modern Love” dos Bloc Party é trauteada por inúmeros dos presentes, funcionado merecidamente como a glorificação de um músico e um projecto. Inesquecível. Na próxima vez não percam a experiência!
(fotos: zecarlosmoutinho)

Bonus: aqui podem descarregar um concerto dos Final Fantasy de Agosto passado;-)

segunda-feira, 16 de outubro de 2006


TRÊS VINTES
20 canções X 20 versões X 20 remixes – Edição OUTUBRO


A secção 3 X 20 (lembram-se do tabaco 20 cigarros, 20 gramas, 20 centavos...) lista aqui escolhas musicais em rotação no nosso ufa-ufa diário seja no carro, no telemóvel, no portátil, na rádio ou quando vamos dormir. Hoje são estas. Se escolha fosse amanhã possivelmente seriam outras... Descubram-nas nos sítios do costume.

CANÇÕES


. INFADELS – Sunday
. BRAZILIAN GIRLS – All about us
. DJ SHADOW – This time (I’m gonna try it my way)
. THE WHITEST BOY ALIVE – Figures
. ELEFANT – Don’t wait
. I LOVE YOU BUT I’VE CHOSEN DARKNESS – Lights
. MOJAVE 3 – To hold you tiny toes
. SILVERSUN PICKUPS – lazy eye
. PETER BJORN AND JOHN – Objects of my affection
. I’M FROM BARCELONA – Treehouse
. BROOKVILLE – Nothing’s meant to last
. THE DEARS – Fear made the world go round
. LAMBCHOP – Crackers
. EL PERRO DEL MAR – God knows
. BARBARA MORGENSTERN – Initials B.M.
. COLDCUT - Mr. Nichols
. AU REVOIR SIMONE – Stay golden
. PSAPP – Infra red
. M. WARD – Post-war
. MIDLAKE – Chasing after deer

VERSÕES

. THE ARCADE FIRE - This is the place [naive melody] (Talking Heads)
. BELLE & SEBASTIAN – Whiskey in the jar (Thin Lizzy)
. BEN FOLDS - Lost In The Supermarket (The Clash)
. EL PERRO DEL MAR - Here comes that feeling (Brenda Lee)
. BOY KILL BOY - It's Different For Girls (Joe Jackson)
. BROOKVILLE – Slow emotion replay (The The)
. CALEXICO - Love Will Tear Us Apart (Joy Divison)
. CORINNE BAILEY RAE - Venus as a Boy (Bjork)
. THE DIVINE COMEDY - Party fears two (Associates)
. HANDSOME FAMILY - Famous Blue Raincoat (Leonard Cohen)
. HELENA NOGUERRA - Can't get you out of my head (Kylie Minogue)
. IRON & WINE - Love Vigilantes (New Order)
. JUNIOR BOYS - When No One Cares (Frank Sinatra)
. NOUVELLE VAGUE - Pride (in the name of love) (U2)
. MERCURY REV - Memory of a free festival (David Bowie)
. THE POLYPHONIC SPREE - Love my way (Psychadelic Furs)
. RICHARD HAWLEY - Some Candy Talking (Jesus & Mary Chain)
. SUGABABES - I Bet You Look Good On the Dancefloor (Arctic Monkeys)
. TUNNG - The Pioneers (Bloc Party)
. THE WALKMAN - Many Rivers To Cross (Harry Nilsson)


REMIXES

. FRANZ FERDINAND - Outsiders (Isolee Remix)
. BLOC PARTY - Helicopter (Allen Breakneck Mix)
. KLAXONS - Gravity's Rainbow (Van She Remix)
. YEAH YEAH YEAHS - Cheated Hearts (Peaches remix X2)
. WOLFMOTHERr – Woman (Extrawack remix)
. BECK – Dark Star (TV On The Radio Remix)
. PHOENIX - Too Young (Zoot Woman Remix)
. THE POSTAL SERVICE - The District Sleeps Alone Tonight (DJ Downfall Remix)
. GOLDFRAPP - Strict Machine (Rowan's Remix)
. THE JUAN MACLEAN - Tito's Way (Reverso B8 Remix)
. JEM - They (Cut Chemist Vocal Mix)
. PANTHERS - Thank Me With Your Hands (MSTRKRFT remix)
. THE SOUNDS - Tony The Beat (Brooklyn Fire Remix)
. PORTUGAL. THE MAN - How The Leopard Got Its Spots (Blake Miller Remix)
. THOM YORKE - The Eraser (DJ Bhagwan Osho Remix)
. JUNIOR BOYS - In the Morning (Alex Smoke remix)
. THE KNIFE - Like a pen (Heartthrob Remix)
. THE KILLERS - When You Were Young (The Lindbergh Palace Dub)
. DATAROCK - Fa-Fa-Fa (Fa-Fa-Fast & Furious Discomix)
. THE PIPETTES - Judy (Blue States remix)

sábado, 14 de outubro de 2006

Um Pedro que mexe!

As nossas ocasionais leituras de fim-de-semana não dispensam, há já algum tempo, a coluna “Nada de Melancolia” de Pedro Mexia na revista NS, que sai com o Díario de Notícias (e o Jornal de Notícias) de Sábado. Recorrentemente, a crónica recai sobre música e o universo pop/rock. A que hoje sai publicada aborda a mais irritante canção que conhecemos: nada mais nada menos que “I Should Have Known Better” de Jim Diamond. Se puderem e quiserem, leiam então “Eu Devia Ter Tido Mais Juizo”... Lindo.
Já agora, excelente a crónica da semana passada sobre a Sinceridade.
Procurem-na.

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Para reflectir... e ir em frente!

Blogosfera cresce a ritmo que duplica a cada seis meses
O professor da Universidade de Navarra José Luís Orihuela, pioneiro na utilização de blogues como ferramenta de ensino e aprendizagem, relevou hoje, no Porto, que a blogosfera está «a crescer a um ritmo que duplica a cada seis meses».
«Actualmente, o mundo divide-se entre os que procuram razões para entrar na blogosfera e os que procuram razões para não sair», sublinhou José Luís Orihuela, que participou, como orador convidado, num encontro sobre weblogs organizado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Na opinião do especialista, que falava sobre o tema «Porque é que os weblogs (não) vão acabar em 2006», o fundamental dos blogues «não é o seu nome, mas o que representam no acesso e difusão da informação».
«Os blogs não vão acabar em 2006 nem nunca. Quem difundiu a ideia dos blogs como uma moda foram os meios comunicação tradicionais, quando se aperceberam de que deixaram de ter a administração exclusiva do espaço público de comunicação e da agenda», defendeu, em declarações à Lusa.
Segundo o especialista, uma das grandes vantagens deste meio de comunicação é a possibilidade de se adaptar a todo o tipo de formato e de linguagens (texto, imagem e áudio).
A par deste facto, considera, não há nenhuma estrutura mediática tradicional que consiga competir com as pessoas que estão, por exemplo, nos lugares dos desastres e das tragédias naturais ou provocadas pelo terrorismo.
«Ninguém pode competir com as pessoas que estão a viver e a sofrer a guerra, o terror ou uma catástrofe, filmando, tirando fotografias e publicando testemunhos», frisou.
Considerou, por isso, «natural que, por receio, os meios de comunicação tradicional tenham, inicialmente, vendido a ideia de que se tratava de uma moda».
«Repentinamente, no último ano e de forma bastante acentuada, o discurso da moda foi substituído pela incorporação de bloguers nas edições electrónicas dos meios tradicionais», disse José Luís Orihuela.
Actualmente, frisou, «os blogues funcionam em paralelo, complementando e equilibrando o sistema tradicional de comunicação».
Na opinião do especialista, os weblogs deixaram de ser uma ferramenta de elite e tecnologicamente avançada, para se converter numa ferramenta que as crianças de oito anos usam nas escolas ou os directores de empresas e instituições utilizam como meio de comunicação pública.
Apontou a credibilidade como um dos desafios mais importantes na blogosfera.
«Uma parte da credibilidade do bloguer passa pela divulgação pública da sua identidade. Quando a identidade real se esconde ou se omite, o leitor não tem forma de saber que interesses movem o bloguer», disse.
Contudo, Orihuela considera que esse fenómeno, do anonimato ou pseudónimo, é inevitável, porque «por definição um blogue funciona sem auditores».
Por outro lado, acrescentou, «a sanção pública e social da blogosfera vai privilegiando os que revelam publicamente os seus interesses e a sua identida de na hora de escrever».
Intervindo sobre «Blogues Regionais como espaços de cidadania e participação», Catarina Rodrigues, da Universidade da Beira Interior, considerou também que um cidadão anónimo «nunca terá a mesma credibilidade de alguém perfeitamente identificado e a quem possam ser imputadas responsabilidades sobre o que é dito».
Por outro lado, Catarina Rodrigues considerou que o bloguer não é obrigado a revelar a sua identidade, «o que permite uma participação mais descomprometida».
A nível regional, acrescentou, há «personagens» que solidificaram o seu lugar na blogosfera e que conquistaram um significativo número de leitores.
Um «bom exemplo», apontou, é o «Asno», um conhecido bloguer da Beira Interior que promoveu já a criação de vários blogues em diferentes aldeias serranas.
O grande atractivo dos blogues, na opinião da especialista, é o facto de estes poderem ser, simultaneamente, informadores, comentadores, editores ou simplesmente escritores, de diários íntimos ou de assuntos de interesse público.
O 3º Encontro Nacional e o 1º Encontro Luso-Galaico sobre Weblogs, a decorrer até sábado, junta investigadores, utilizadores e interessados em weblogs em Portugal.
Diário Digital / Lusa
13-10-2006 13:36:00
BBC radio - Elvis commercial

Por falar em Rádio, que tal este comercial da BBC2?
Isto sim, deve ser rádio a sério!






PORTO LIDERA AUDIÊNCIAS DE RÁDIO
Quase cinco milhões de portugueses com mais de 15 anos costumam ouvir rádio. O indicador é do
Bareme Rádio 2005 da Marktest. O distrito do Porto é onde mais se ouve rádio seguido do distrito de Braga. No Bareme do segundo trimestre de 2006, divulgado em Agosto, é traçado o perfil do ouvinte: homem, entre os 18 e os 34 anos, quadro médio superior, classe média alta. (JornalismoPortoRádio, 29 Setembro 2006).

Ufa, ainda bem que não fazemos parte do perfil do ouvinte. Somos muitos, mas certamente com pouca qualidade. O panorama para quem quer ouvir música (a verdadeira...) na rádio no Porto é confrangedor. Salvam-se algums momentos da FOXX (107.2 fm), a noite da Antena3, e a RUM-Rádio Universitária do Minho (97.5fm) sempre que é possível sintonizá-la. Acabamos sempre na Antena2, a melhor opção... Claro que em frente ao computador tudo se pode alterar e ouvir as emissões online das lisboetas Oxigénio http://www.oxigenio.fm/oxigenio.htm ou Radar http://www.radarlisboa.fm/, ou a RUM de Braga http://www.rum.pt/. Incrível é que, na cidade do país com mais estudantes (movimenta mais de 350 mil segundo a FAP-Federação Académica do Porto!), com cursos de jornalismo e multimedia avançados, com uma tradição radiofónica intocável, não exista, por exemplo uma RUP – Rádio Universitária do Porto, ou outros projectos alternativos. Tal como a pequena imagem que ilustra este desabafo, a Rádio no Porto parece uma torradeira... liga-se mas passados cinco minutos tem que se desligar.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006


SINGLES # 1
DREAM ACADEMY - Life in a Northern Town


Por aqui vamos trazendo alguns singles da nossa vida...
Tinhamos que começar por este: “Life in a Northern Town” dos Dream Academy, banda inglesa onde se escondia uma lindíssima Kate St. John.
Já lá vão 20 anos e as referências aos Beatles, a Sinatra e a Kennedy tornaram a música marcante no nosso dia a dia da altura numa cidade nortenha, chuvosa e nubolosa, o que confirmamos ao (re)ver o ambiente do video (julgo, da autoria de Tim Pope). http://www.youtube.com/watch?v=uSmYvuvaJDg

Curioso que o single tinha uma dedicatória que só muito mais tarde descobrimos: Nick Drake (“Dedicated to Nick Drake e Steve Reich” lê-se na contra-capa). Ao escutarmos a letra a associação é evidente:

. “Northern Town” é a inglesa Tanworth-In-Arden, cidade natal de Drake;

. “Like Sinatra in a younger day” é novamente Drake que canta para os habitantes do local
They sat on the stoney ground
And he took out a cigarette out
And everyone else came down to listen”;

. O final é todo ele uma referência à morte prematura do cantor;

The evening had turned to rain
Watch the water roll down the drain
As we followed him down to the station
And though he never would wave goodbye
You could see it written in his eyes
As the train rolled out of sight, bye-bye”.

No dia em que conseguimos finalmente escutar (e sacar...) parte da participação de Nick Drake no programa do saudoso John Peel da BBC em 1969, gravação que se julgava completamente perdida, este single continua a ser uma maravilhosa lenda.
Clássico! Ao ler esta tira do Calvin de ontem no “Público” apercebi-me que já não vamos a um concerto de música clássica há uma boa dezena de anos. Lembro-me perfeitamente da corrida aos lugares disponíveis para concertos da Nova Filarmonia no Palácio da Bolsa, ou na Igreja de São Francisco, já para não falar dos saudosos concertos de Páscoa da Igreja da Lapa, ou de fim-de-ano no São João ou Coliseu. O (bom) hábito desta frequência foi trocado pelo rock/pop, a electrónica ou afins... Se nestes últimos, algumas das vezes a desilusão se instala, nos concertos de música chamada clássica o reconforto e satisfação aconteciam quase sempre. Acho que estou com saudades! Da trintena de vezes que já fomos à Casa da Música, nunca optamos pela música clássica! Ao que parece, mal, já que a melhor acústica da principal sala parece ser só preceptível com este tipo de música... Hooked on Classics again!?



Os Midlake soam bem... fizeram obrigatoriamente parte da nossa banda sonora de férias mas ainda não os conseguimos descolar. O album "The Trials of Van Occupanther" foi quase todo passado para video por fãs via YouTube. Sobra um tema: "It Cover the Hillside" para o qual podem ainda ir a concurso ideias e propostas http://youtube.com/group/Midlake
Vejam só o que um fã fez para "Roscoe". Incrível...

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Hard Club fecha no final do ano?
A notícia está no Correio da Manhã de sábado (http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=216902&idCanal=218). Pormenores não existem mas parece que já se procura no Porto um espaço para o seu restabelecimento... Sem dúvida com uma das mais bonitas vistas da cidade, o clube teve sempre muitas dificuldades em afirmar-se. Contudo, por lá vimos concertos inesquecíveis, de Feist a Divine Comedy, de Edu Mota a Morphine. Recordamos um concerto dos Calexico para lá marcado em Março de 2001 que devido à cheia do Douro foi umas horas antes transferido para o Estado Novo de Matosinhos. Só que para ver esta informação afixada às escuras na porta do clube tivemos que molhar as pernas quase até ao joelho!
Esperam-se melhores dias, não só para o Hard Club mas já agora para o Rivoli, o Batalha...

















ENTÃO A GENTE NÃO SE SENTA?

Onde pára o Festival Para Gente Sentada? Nos dois últimos anos em Santa Maria da Feira algo de diferente e pertinente marcava a rentrée musical pós-festivais de verão. Desde 2004 por lá passaram, entre outros, Devendra Banhart e Sufjan Stevens inesquecíveis e geniais, em plena ascenção internacional. No teatro feirense o Festival confirmava audiência e interesse pela música de cariz mais íntima e afirmava, estrategicamente, um circuito alternativo de concertos, importante na programação cultural de municípios próximos do Porto. Mas quanto a uma hipotética edição para o corrente ano, ainda nada transpareceu, o que nos leva a pensar que o Festival foi pura e simplesmente abandonado. É pena. É mau. É triste. Haverá ainda alguém com uma bóia salvadora que o recupere, porque não, no Porto. Ficava mesmo bem numa Casa da Música inconsistente, num Cinema Batalha adormecido, num Teatro Rivoli à deriva... (foto: zecarlosmoutinho)
Scarlett Johansson & Bob Dylan: When the deal goes down

ELA...
Lemos que Scarlett Johansson foi eleita a mulher mais sexy viva pelos leitores da revista “Esquire” (será capa da edição de Novembro). A actriz parece que deu pouca atenção à distinção, o que lhe cai bem. Nós, pelo menos, desde “Lost in Translation” que estamos perfeitamente rendidos... Depois de cantar, e de que maneira, uma versão de Summertime de Gerchwin para a colectânea de beneficiência “Unexpected Dreams: Songs from the Stars” , de nos entrar pelo olhos (e não só) dentro via TV a toda a hora em spots perfumados, de Lloyd Cole se confessar no seu novo album “Antidepressant” no tema “Woman in a Bar” ("no longer driven to distraction, not even by Scarlett Johansson"), a actriz preenche a totalidade do videoclip do tema de Bob Dylan 'When The Deal Goes Down'. O clip é dirigido por Bennett Miller, o realizador do filme "Capote". É a nossa capitulação. Já muita gente o viu, mas ele aqui fica a marcar para sempre os primeiros passos deste blog...Pronto!
Campaínha Electrica! É isso.. aqui está o nome para o Blog! No vasculhar de centenas de fotografias digitais uma se destacava pela simplicidade da mensagem. A ideia de um cantinho na rede sobre MÚSICA, com alertas (toques) e alfinetadas (moques, a palavra não existe o que é bom!) a partir da cidade do Porto já há muito que nos seduzia. MÚSICA! Ela está antes e depois dos concertos a que assistimos, está nas viagens de férias e do dia-a-dia, está nas leituras que fazemos e seleccionamos, em conversas na roda de amizades eternas ou fugazes, diurnas ou nocturnas, em casamentos e baptizados, nas deambulações digitais e favoritos da web, nos vinis guardados como tesouros, nos jornais e revistas comprados e trocados, no picar de uma estação de rádio, na banda sonora ou cena de filme, num spot de televisão, na roupa e calçado que escolhemos... MÚSICA! Moderna ou modernizada, pop, clássica, rock ou jazz, sem rótulo ou autoria, portuguesa ou indiana, original ou copiada, lenta ou rápida, ao vento ou no aconchego dos lençois, já não temos cura. Estas páginas são o espelho da doença para a qual não queremos vacina... preferimos continuar saudavelmente enfermos! Mais tarde ou mais cedo, prometemos que a fotografia inspiradora irá aparecer...