terça-feira, 31 de julho de 2007


LUNARIDADES #21
Hoje é mais Marteridades...

. voltar a Guimarães e ao espaço do C.C. Vila Flor é sempre reconfortante! Respira-se bom gosto, leveza, descontracção e respeito pelo passado. E o Porto aqui tão perto. Exemplar!

. parece que Lisboa terá uma edição própria da revista Time Out já em Setembro! A empresa britânica cederá os direitos de publicação do seu título e, semanalmente, lá se encontrará todo a movida lisboeta das artes, música, teatro, restaurantes, bares e discotecas, etc... A edição de Lisboa surgirá até primeiro que a mesma publicação prevista para Barcelona. Lisbon in!
. lemos que “a rádio portuguesa perdeu cerca de 100 mil ouvintes no segundo trimestre de 2007, em comparação com o mesmo período de 2006. Segundo o Bareme - Rádio, da Marktest, «as audiências de rádio mantêm a tendência descendente, com uma quebra de 1,8% (…)». Ainda segundo o Bareme - Rádio, neste segundo trimestre, a estação líder continuou a ser a RFM, com 14% de Audiência Acumulada de Véspera (AAV), seguida pela Rádio Renascença com 10,2% de AAV." Com estas rádios a liderar não é estranho que a rádio continue a perder ouvintes... Haverá salvação?

. as férias aproximam-se e a eterna questão começa a fervilhar. Que livros vamos levar para ler? Dantes a pergunta continha também “que música vamos levar para ouvir”, mas agora o Ipod arruma com a questão. Mesmo assim, e tendo em conta pilha que se encontra em lista de espera, não vai ser fácil decidir. Aceitam-se (mais) sugestões...

SIMPSONS ON MUSIC
O NME presta homenagem aos Simpsons e coloca on line um conjunto de fotografias das diversas bandas e artistas que apareceram na série. Há algumas que não lembram ao diabo como a da Britney... Take a look!

TORA TORA BIG BAND
Jardim do C.C. Vila Flor, Guimarães
Sexta-Feira, 27 de Julho

Seja qual for o concerto no magnífico espaço ajardinado do CC Vila Flor tem, à partida, condições únicas para resultar em pleno. O público senta-se na relva em cima de diversas mantas espalhadas pelo recinto, respira a paisagem nocturna sobre a cidade mãe, tem cerveja fresquinha ali à mão no bar do edifício e o acesso é totalmente gratuito! Um exemplo a seguir... Ora bem, os Tora Tora Big Band são um colectivo de 12 músicos que faz, como afirmam “música para dançar” num misto de jazz, funk, salsa, valsa, afro, reggae e outros. Com proveniências diversas, do Brasil a Itália, dos EUA à Dinamarca é em Lisboa que se concentram e desenvolvem o projecto. Em palco o movimento é contínuo e descontraído onde reina a boa disposição e a alegria. Pena que essa descontracção não tenha contagiado o público que só lá para o fim parece ter acordado para a dança e para a festa. Trombones, saxofones, trompetes, um baixo, uma bateria e percursão e ainda um orgão aconchegante prefazem uma verdadeira máquina já bem oleada de ritmo refrescante de uma verdadeira big band, em todos os sentidos. A repetir!

sexta-feira, 27 de julho de 2007



FAROL #31
Os renascidos Lemonheads de Evan Dando editaram um álbum em 2006 depois de dez anos de silêncio. Agora, surge um bom conjunto de lados B e outras preciosidades à distância de um click...

ALICE RUSSEL EM AVEIRO
Cantora e autora de referência na soul actual, Alice Russell estará amanhã na discoteca Estação da Luz em Aveiro. A experiência que tivemos aquando da sua visita ao Porto (discoteca Act 2005) foi convincente apesar do palco e público não ser o aconselhável: ambiente de discoteca de sábado à noite em que 99% dos presentes não sabe ou não conhece a sua música! Integrada numa digressão nacional daquela bebida que supostamente nos dá asas, a sua voz e música são suficientes para levantarmos voo...

Alice Russel – Seven Nation Army (WS cover – live Paris)

quinta-feira, 26 de julho de 2007


ABBEY ROAD TV!
O conceito é simples e entronca nas novas fórmulas de promoção da música: convidar uma banda ou artista a tocar três temas num estúdio, sem público, filmar a perfomance e disponibilizar tudo on line. Se esse estúdio é o mítico Abbey Road em Londres naturalmente que a panóplia de artistas é variada, conceituada e interessante. O projecto chama-se Live From Abbey Road e recomendam-se as actuações de Ray Lamontage, Red Hot Chilli Pepers, Gnarls Barkley ou The Good The Bad And The Queen. Mas existem muitas outras como por exemplo os Iron Maiden! A descobrir.

SIMPSONS SWEET
Estreia hoje finalmente o filme The Simpsons – Movie, projecto de que sempre ouvimos falar mas só agora concretizado... As críticas não tem sido famosas, quase sempre argumentando que o projecto mais parece um compacto de 3 ou 4 episódios da série da TV. Mas não é isso que nós queremos? Entretanto a banda sonora original é um verdadeiro docinho: trata-se de uma edição limitada em forma de donut, bem ao jeito de quem gosta da série e, já agora, de donuts!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

DUETOS IMPROVÁVEIS # 10
MIKA & BETH DITTO (GOSSIP)
Sweet Dreams (Are made of these) (Eurytmics)
Festival T In The Park, Escócia, 8 de Julho de 2007


PARA VIGO NO ME VOY!
A sugestão aparecia em destaque na secção Navegador do suplemento Fugas do jornal Público de sábado passado, 21 de Julho: Vigo receberia o IV Festival Latino “Para Vigo Me Voy” onde, entre outros, actuaria Caetano Veloso! Boa sugestão e Vigo aqui tão perto! Rápida busca na internet para mais informações (local, bilhetes, etc.) e nada... Pesquisa mais intensa e surpresa – o IV Festival Latino onde tocou Caetano Veloso decorreu em 2003!!!!! O que o Público podia ter sugerido atempadamente era o concerto dos Arctic Monkeys que tocaram no mesmo local, dia 19 de Julho de 2007, com bilhetes a 12€! Arggghh...
BEETLESS!
Aos senhores da Volkswagen, via criativos dos seus spots comerciais, não falta bom gosto! Trouxeram em 2000 Nick Drake para a ribalta com um spot do Golf cabrio onde “Pink Moon” fazia a diferença e agora aplicam, nada mais nada menos, que duas outras grandes músicas ao novo carocha descapotável. Dá vontade de comprar um!

VW new Beetle – “Sky Blue Sky” (Wilco)



VW new Beetle – "Santa Maria da Feira" (Devendra Banhart)

terça-feira, 24 de julho de 2007


KATE MOSS TAMBÉM?
O cartaz de Paredes de Coura está praticamente encerrado e acrescentam-se para dia 13 dois nomes: Babyshambles de Pete Doherty e M.I.A., protegida de Diplo e em alta desde “Galang”. Esperávamos um pouco melhor mas, seja como for, lá estaremos... com ou sem Kate Moss!

LUNARIDADES #20
. a dupla Bons Rapazes da Ant3na lá vai falando sobre a importância das músicas em spots comerciais que já encheram os bolsos dos Bloc Party, Veils, etc., tido como o novo (único?) meio de massificação tão ao jeito antigo da rádio. L
embram-se da nossa saturação de “Young Folks” de Peter Bjorn & John? Pois é, a musiquinha/assobio já está nos spots da Optimus e agora a banda até vem tocar a Coura! Se já não havia pachorra...

. a nossa recente adesão à TV por cabo surgiu por imperativos familiares e técnicos (a tradicional antena exterior ia agoniando de dia para dia...) e nestes primeiros tempos digitais a opinião, no que à música diz respeito, é surpreendente! Destaques: o Flipside do VH1 e o Tracks do Arte são irrepreensíveis! Ver o video/montagem do “Northern Sky” de Nick Drake em pleno Chill Out do VH1 é, no mínimo, fantástico!

. já andou nas nossas listas 3x20 mas no Ipod ele anda sempre à superfície – o artista chama-se Ray Lamontagne, tem já dois ou três álbuns editados, qual deles o melhor! Descubram-no rapidamente.
. e se não existisse Verão, praia, mergulhos, noites quentes e vodka fresquinha e, num salto, a Primavera se diluísse no Outono? Inimaginável!

segunda-feira, 23 de julho de 2007


JOSH ROUSE A NORTE!
Visita habitual deste cantinho à beira mar, Josh Rouse volta para dois concertos em Novembro próximo. Dia 27 o Theatro Circo em Braga acolhe este “amigo de Portugal” mas que não nos cansamos de ouvir e de apreciar. O álbum novo “Country Music City Mouse” já aí está, tem aquele selo “mais do mesmo”, mas que, neste caso, é sempre bem-vindo. Incontornável! Como não existe o video de “Summertime” aqui fica este “Winter in the hamptons”, bem mais condizente com a temperatura que se vai estranhamente sentindo...



MATT WILSON ARTS & CRAFTS
Jazz no Parque, Serralves
Sábado, 21 de Julho

O Jazz no Parque de Serralves já vai na sua 16ª edição e o êxito parece repetir-se ano após ano. Como muitas das iniciativas de Serralves, um verdadeiro case study... Ambiente familiar e descontraído em sintonia com a postura dos músicos e da própria música. Jazz multifacetado e diverso com passagens por Pat Matheny, Coltrane ou Thelenious Monk, mas sempre num registo acessível. O comando está a cargo do baterista Matt Wilson que lidera um quarteto de músicos experimentados: Ron Miles no trombete, Gary Versace no piano (infelizmente sem o inconfundível orgão Hammond) e Dennis Irvwin no contrabaixo. Este último viria ainda a tocar clarinete em dois temas de sabor a samba e que se adequaram perfeitamente ao ambiente soalheiro do campo de ténis de Serralves, apesar do vento fresquinho. Matt Wilson, um excelente e exímio baterista, sempre relaxado e em tão de brincadeira, haveria de propor ao público que se levantase para uma sessão improvisada de Yoga ao som de “A love supreme” de Coltrane cantada/sussurrada em coro por todos. Verdadeiro chill out de fim de tarde, a dose vai repetir-se no próximo sábado com a Orquestra de Jazz de Matosinhos... Cool! Levem um casaquinho!

Matt Wilson's Arts & Crafts - The Scenic Route (Part 2)

sexta-feira, 20 de julho de 2007


DEVENDRA DESVENDADO
O novo álbum de Devendra Banhart irá chamar-se “Smokey Rolls Down Thunder Canyon” e sairá a 25 de Setembro. Incrível é a qualidade de participações especiais contando-se, entre elas, Joanna Newson e o irmão Pete Newson, Andy Cabic (Vetiver) e Rodrigo Amarante dos Los Hermanos, com quem dividiu o palco em algumas ocasiões no Brasil o ano passado. A intensa digressão paralela começa já em Agosto na Europa e esperamos vê-lo por cá mais tarde ou mais cedo!
Devendra Banhart - Summertime

quinta-feira, 19 de julho de 2007


SCARLETT NEWS!
A novidade musical referente a Scarlett Johansson é só uma, mas importante: o seu já conhecido projecto de gravação de um disco de versões de Tom Waits, que se chamará Scarlett Sings Tom Waits, terá, nada mais nada menos, produção de Rickie Lee Jones! A informação circulou em diversos jornais (p.ex. jornal Metro de segunda feira passada) mas, curiosamente, na Internet não existe nada que o confirme, embora a editora de Jones seja a mesma que assinou com Johansson - a Rhino Records. Seja como for, parece que a menina se inspirou no magnífico disco de Jones Trafficc From Paradise de 1993, onde, entre outras pérolas, podemos encontrar uma magnífica versão de Rebel Rebel de Bowie. Entretanto a actriz está neste momento a rodar em Barcelona mais um filme com Woody Allen com o nome provisório de “Spanish Project”... Não sabemos se vai cantar!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

DUETOS IMPROVÁVEIS #9
David Bowie & Cher
Young Americans and others..

CBS - The Cher Show, 23 de Novembro de 1975


NEW YOUNG PONY CLUB EM COURA
Foi uma das nossa escolhas para 20 melhores canções de 2006: “Get Dancey” dos New Young Pony Club. Ora, parece que Paredes de Coura vai receber um concerto destes ingleses, cujo álbum “Fantastic Playroom” estará em muitas listas de 2007. Com este calor cai bem “este” geladinho... Ficamos à espera doutros (re)fresquinhos! Que tal os Go! Team?
New Young Pony Club – Ice Cream


VASCULHAR # 7
Tantas vezes estes singles nos passaram pelos dedos que, mesmo às escuras, não resistimos à curiosidade! Será que este Pedro Couceiro é o mesmo Pedro Couceiro, campeão de diversas fórmulas automóveis, que esteve perto da Formula 1 e que actualmente disputa o Campeonato Espanhol de GT? Nem mais! Numa rápida consulta à sua biografia lá está:

Nascido a 23 de Março de 1970 em Angola, na cidade do Lobito, Pedro Couceiro iniciou aos 12 anos a sua carreira nas competições motorizadas. Nessa altura já vivia em Lisboa e dedicava os tempos livres à sua carreira de pequeno cantor, chegando a gravar 7 discos e a participar em diversos espectáculos infantis de canção. Em 1980 seria coroado com o “Prémio Melhor Voz Nacional” no Festival Internacional da Figueira da Foz e gravaria o seu primeiro ”Single” a solo. Com os lucros obtidos nas actuações públicas e nas vendas de discos, Couceiro adquire o seu primeiro Kart e dedica-se, durante 6 anos, a estas competições, subindo por diversas vezes ao pódio(...)”.
Ora bem, não sabemos quanto custava um kart naqueles dias mas o petiz deve ter vendido muitos singles! Como não poderia deixar de ser, alguns temas eram da autoria de Carlos Paião como o clássico “Eu já namoro”! Actualmente, Couceiro é também, juntamente com Mariza e Figo, embaixador do Comité Português da UNICEF. Tendo em conta o jeitinho que o Figo tem para cantar (“menos ais, menos ais”...), os dotes da Mariza e a vozinha que Couceiro demonstra nestas gravações, seria, no mínimo, curioso ver e ouvir os três num qualquer disco de beneficiência meritório...

terça-feira, 17 de julho de 2007


VINIL ÀS RISCAS!
A curiosa notícia já é do mês passado mas atesta a popularidade de um formato tido como em vias de extinção. Assim:
O novo álbum do White Stripes chegou com força total ao velho continente. O single que dá nome ao disco, "Icky Thump", bateu o recorde de vendas de um single em vinil, com mais de 10 mil unidades compradas em apenas dois dias. Com esse número tornou-se o lançamento mais bem-sucedido na história dos charts ingleses nesse formato. O single anterior do mesmo álbum, "Rag And Bone", foi distribuído junto da revista inglesa NME no começo do mês. A embalagem permite inserir o single seguinte, no caso "Icky Thump". A estratégia foi considerada de grande ajuda para o êxito do novo single. Antes de "Icky Thump", o single de "Love is All Around", do Wet Wet Wet, era o detentor do recorde de vendas de um single em vinil, com cinco mil unidades na sua melhor semana.

Pois é, nós também compramos o single. Falta é o tal complemento saído com o NME.... Só mais um reforço publicado no jornal Guardian de ontem:
Contrariando as tendências do mercado fonográfico – em que as vendas de álbuns lançados em CD caí a cada dia e a de músicas em formato digital é cada vez maior – a venda de discos em vinil cresce. Os dados são do grupo industrial britânico BPI. Segundo o levantamento, as vendas foram alavancadas pelos singles gravados no formato 7 polegadas. Eles são os principais responsáveis pelo aumento de 13% nas vendas, em comparação com os dados de meio de ano de 2006. Dois em cada 30 singles na Inglaterra já são lançados neste formato. Engana-se quem pensa que os vinis são comprados por nostálgicos de meia idade. Os discos são o novo mimo de uma geração jovem. A maior prova disso é que o disco em vinil mais vendido no país é o Icky Thump, do White Stripes – cujos fãs, na sua maioria, ainda não passaram dos trinta anos.

Não admira que os preços na Vandoma tenham aumentado...

VERÃO DO AMOR
O canal ARTE apresenta ao longo de Julho e Agosto uma interessante programação dedicada ao movimento “Summer of Love” iniciado em 1967. Apresentado como o verão “da utopia, do amor, do rock e da liberdade” os diversos programas serão acompanhados/comentados por Jane Birkin, uma verdadeira conhecedora do assunto... Entre concertos, filmes (Hair, Tommy. p.ex) ou documentários, destaque para a programação de hoje à noite: documentário sobre os Rolling Stones “Gimme Shelter” (1970) e dois outros documentos de D.A.PenneBaker – “Jimi Plays Monterey” sobre Jimi Hendrix e “Shake! Otis at Monterey” sobre Otis Reding. A não perder!



FAROL #30
Para celebrar o 10º aniversário do album OK Computer dos Radiohead o site Stereogum convidou diversas bandas a realizar versões de temas do mítico disco. O resultado chama-se OKX e já pode ser devidamente ouvido ou descarregado aqui...

segunda-feira, 16 de julho de 2007


LUNARIDADES # 19

. já alertamos para o verdadeiro festival paralelo que a tenda mais pequena do Sudoeste vai receber: Sondre Lerche, Noisettes, Koop, Of Montreal, National, Camera Obscura, Loney Dear, Bonde do Rolé, Data Rock, Patrick Wolf...Guillemots! No palco grande tocam ainda os I’m From Barcelona, Razorlight, Phoenix, Albert Hammond Jr, etc. Uma dúzia de nomes atraentes e que nunca vimos ao vivo. Mas porque é que o Sudoeste não vira Noroeste?

. Prince está decidido a revolucionar o mundo da música e por isso ofereceu uma edição “grátis” (pois sim!) do seu novo álbum “Planeth Earth” com o jornal inglês Mail on Sunday de ontem. A guerra começou e a chamada indústria da música começa a espumar-se... Ah, o jornal pagou ao artista quase um milhão de euros. Prince and the Revolution?

. discutiu-se, entre amigos, durante o fds como melhorar um bar no Porto, como o tornar mais atraente e inovador. Tendo em conta a nossa descontínua “experiência” nightlife uma coisa nos parece certa - o tal bar se for pelo mesmo caminho de muitos outros tem os dias contados. Como esses dias parecem ter resistido doze anos há que não mexer... ou então colocar uma caixinha ou livro de sugestões mesmo à saída!

. a nossa capacidade de concentração no trabalho está por um fio! Esquecemo-nos do essencial e só queremos é arejo! Para além disso e dada a multiplicidade de tarefas, acabamos por nunca resolver os problemas como deve ser o que, obviamente, acarreta, por si só, mais um número crescente de embróglios. Cada vez mais é difícil sorrir!


. 40 anos, 30 a jogar voleibol e a “tal” decisão – deixar de jogar, deixar o convívio de velhos amigos ou continuar apesar das limitações? Vamos telefonar ao Baía...

ARCADE FIRE - NOVO SINGLE
O grandioso "No Cars Go" parece ser o escolhido para próximo single. Em versão 7" em vinil sairá no próximo dia 6 de Agosto e a capa será esta. Mais um para juntar à colecção!
Arcade Fire - No cars go
GUILLEMOTS SW
aqui falamos do recheado cartaz do Sudoeste deste ano. Pois é, agora junta-se ainda um novo bom-bom: os Guillemots tocam dia 5 de Agosto e, provavelmente, vamos ter que reconsiderar a ida, nem que seja "só" para ouvir, ao vivo, esta extraordinária canção!
Guillemots - Made Up Love Song #43

sexta-feira, 13 de julho de 2007


3 X 20 JULHO
20 Canções X 20 Versões X 20 Remixes


20 CANÇÕES
. CHEMICAL BROTHERS feat. MIDALKE - The Pills Won’t Help You Now
. SILVERS JEWS – I’m getting back into getting…
. RALPH MYERZ AND THE JACK HERREN BAND – L.I.P.S.T.I.C.K.
. MAGIC NUMBERS – Forever lost
. THE SILENT YEARS – No secrets
. THE RADIO DEPT – The worst taste in music
. HIRD – Getting closer
. SCISSOR SISTERS – Paul MacCartney
. ARCTIC MONKEYS – Old yellow bricks
. SISTER VANILLA – Can’t stop the rock
. ELECTRIC SOFT PARADE – Woken by a kiss
. SIVERT HOYEM – Theme from bambi
. THE SLEEPY JACKSON – How was I supposed to know
. SNOW BORNE SORROW – Wonderful world
. BLONDE REDHEAD – Dr. Strangeluv
. SOFTLIGHTES – The ballad of Theodore and Jun
. ANIMAL COLLECTIVE – The Purple bottle
. ARCADE FIRE – Neighborhood # 2 (Power Out)
. INTERPOL – C’mere
. CAT POWER - Hate

20 VERSÕES
. ALCAZAR – Dont you want me (Human League)
. SONIC YOUTH - Within You Without You (Beatles)
. TOM JONES - I Bet You Look Good On The Dancefloor (Arctic Monkeys.live)
. HERMAN’S HERMIT- White Wedding (Billy Idol)
. COOL HIPNOISE - Be Thankful For What Youve Got (William DeVaughn)
. RICKIE LEE JONES - For No One (Beatles)
. FOUNTAINS OF WAYNE - Trains and Boats and Planes (Burt Bacharach)
. SEELENLUFT – Horse with no name (America)
. THE GOSSIP - Are you that somebody (Aliyha)
. PAOLO NUTINI - Rehab (Amy Winehouse)
. JOSÉ GONZALEZ - Hand on Your Heart (Kilye Minogue)
. PATTI SMITH – Smell like teen spirit (Nirvana)
. CAMERA OBSCURA – Super trouper (ABBA)
. MARK RONSON – Stop me (The Smiths)
. LINDA MARTINI – Adeus tristeza (Fernando Tordo)
. IKE & TINA TURNER – Whole Lot Of Love (Led Zepplin)
. DEVENDRA BANHART - Don't Look Back In Anger (Oasis)
. BONNIE PRINCE “BILLY - Can't Take That Away (Mariah Carey)
. ARCTIC MONKEYS - Diamonds Are Forever (Shirley Basey. live)
. BABYSHAMBLES - Janie Jones (Clash)

20 REMIXES
. THE SHINS - Australia (Peter Bjorn & John Remix)
. TIGA - You Gonna Want Me (Van She Tech Remix)
. SIMIAN MOBILE DISCO - Its the Beat (Electrokeun Rave Mix)
. TOKYO POLICE CLUB - Cheer It On (Trey Told Em remix)
. THE GO! TEAM - Ladyflash (Simian Mobile Disco Remix)
. THE CRIBS - Men's Needs (CSS Remix)
. MAXIMO PARK - Our Velocity (Blamma! Blamma! Terminal Velocity Remix)
. DEELITE - Grooves in the Heart (Electro Mix)
. WHITE STRIPES - Icky Thump (Hostage Remix)
. INTERPOL - Not Even Jail (Daniel Kessler Remix)
. FEIST - 1234 (Vanshe Technologic Remix)
. QOTSA - I'm Designer (Hot Chip Remix)
. CHROMEO - My Girl Is Callin Me (Blaze's Extended Edit)
. JUSTICE - Waters of Nazareth (Justice Remix)
. JACK KNIFE LEE - Making Me Money (Switch Remix)
. PONEY PONEY - Junior (Bitchee Bitchee Ya Ya Ya remix)
. COUSIN COLE & SONIC YOUTH - Do You Believe in Rapture Babe (CC's Rekid blend)
. JOSS STONE - Tell Me About It (DJ Mehdi Remix)
. DIRTY ON PURPOSE - Car No Driver (CWL Remix)
. MIDLAKE - Roscoe (Justin Robertson remix)

quinta-feira, 12 de julho de 2007


COPYPASTE
A já famosa capa de Beth Ditto do New Musical Express parece ter seguidores. Esta é a figurinha de Eddie Argos, vocalista dos recomendáveis Art Brut... Que tal uma brincadeira igual com Robert Smith a propósito do album novo?

FRANK SINATRA OBSCURO
Sinatra: Dark Star é o nome da versão europeia (Sinatra:The Untold Story nos EUA) de um documentário em dois episódios (45' cada) de 2005 realizado pela BBC sobre o lado sombrio da estrela, particularmente a sua suposta ligação à Máfia e a figuras políticas poderosas. Da responsabilidade de Christopher Olgiati e filmado em HD, o programa apresenta entrevistas, cenas de filmes e algumas filmagens inéditas. Um dos primeiros idolos pop da história, de imagem clean e gloriosa, numa visão oposta e, por isso, polémica. Imperdível. É hoje e amanhã na RTP2 às 23.30

quarta-feira, 11 de julho de 2007

DUETOS IMPROVÁVEIS # 8
Kylie Minogue & Kermit the Frog
Especially for you

Programa de TV “An audience with Kylie Minogue”
Londres, 2001

terça-feira, 10 de julho de 2007


MAIS VERSÕES PODEROSAS!
Mais um! Cat Power prepara-se para gravar um segundo volume de versões onde reunirá músicas de Bob Dylan, Aretha Franklin, Otis Reading e outros. O disco sairá em Janeiro próximo. Espera-se igual ou melhor que o primeiro volume intitulado ”The Covers Records” editado em 2000 onde, magnificamente, transformou temas como “Satisfaction” (Rolling Stones), “I Found a Reason” (VU) ou ”Wild is the wind” já previamente gravado por Nina Simone e David Bowie. O video disponível deste último tem imagens do filme “O IIusionista” o que não está nada mal...

Cat Power – Wild is the wind

SINGLES # 8
KRAFTWERK - Tour de France

EMI, Portugal, 1983

A edição deste ano da Volta à França começou no passado fim-de-semana o que nos leva a recordar este single maravilha dos Kraftwerk e longas tardes de verão a ver na televisão etapas inteiras da prova. Os franceses Bernard Hinault e Laurent Fignon eram na altura (anos oitenta) as principais vedetas. O tema não fazia parte de nenhum álbum do grupo e foi lançado originalmente em 1983. A líndissima capa está em qualquer “enciclopédia” de capas de discos e foi inspirada num selo hungaro editado em 1953. Na época uma versão alemã foi também lançada. O tema viria a ser misturado em cd em 1999, surgindo como sinal de alguma actividade do grupo e o retomar das gravações. Em 2003 nova versão surgiria incluida no disco “Tour de France Soundtracks” no âmbito da comemoração das 100 edições da volta à França. Ao vivo a sua interpretação era acompanhada por um clássico documento video, parecido com o aqui abaixo publicamos, e que vimos interpretado ao vivo na digressão de 2004, quer no Coliseu de Lisboa quer no Sudoeste. Saudades também daquela musiquinha que acompanhava as transmissões da nossa volta a Portugal (anyone?) e que julgamos ser ainda utilizada (cantada?) pela RTP. Um (dois) must!
Kraftwerk – Tour de France (1999 mix)

LUNARIDADES #18

. do Live Earth apostamos que irá sair um DVD no Natal cujas vendas reverterão para uma qualquer organização que entretanto surgirá...

. rápida e inútil incursão em Vila do Conde para ver o documentário de Peter Whitehead sobre os Rolling Stones. Sábado o festival estreava o novo Tarantino e como a sessão esgotou decidiram fazer mais uma. Resultado: Rolling Stones ficou para mais tarde para projecção numa tenda! Mas o festival não é de curtas metragens? Hello...
. uma ida à Vandoma para um vasculhanço e... milagre! Dois singles quase novos do Marvin Gaye, originais (1972/73), com a Diana Ross e o maravilhoso “Inner City Blues”. Preço: 0.50€ cada um. Mercy Mercy me!

. cansados mas felizes! Long live Superbock, o verdadeiro combustível, um lubrificante musical. Do SBRS deste ano vamos ter muitas saudades. Imbatível!

segunda-feira, 9 de julho de 2007














THE HERITAGE ORCHESTRA + GILES PETERSON
Clubbing, Casa da Música, Porto, 7 de Julho
Arrastados pelo gosto certeiro do HugTheDj e apesar da maratona semanal em Lisboa no SBSR (só... doze grandes concertos!), lá estivemos em mais uma edição do Clubbing da CDM. Casa composta, muito bem composta, diga-se! Dos Heritage Orchestra nada sabíamos ou sequer ouvido alguma coisa. Mas, nitidamente, andamos a perder um grande disco! Formado, ao vivo, por dez músicos e alguns convidados, trata-se de um colectivo de jovens que executa, brilhantemente, todos aqueles sons que nos habituamos a ouvir em discos dos 4Hero, Cinematic Orchestra, Jazzanova ou em alguns projectos da Ninja Tune. Com grande sucesso em Londres e já com uma história recheado de êxitos, a orquestra gravou um disco no mítico Abbey Road Studios que viria a ser editado pela label de Giles Peterson, a Brownswood. Embora este tipo de som tenha, ao que parece, passado de moda, a qualidade das composições torna esta música intemporal, funcionando como verdadeiros clássicos de qualquer pista de dança há uns anos atrás em alguns clubes do Porto. Refrescante e, para nós, revitalizador! Para terminar em beleza, interpretaram uma cover do já mítico “Les Fleur” de Minnie Riperton, cover que os próprios 4Hero brilhantemente executaram em 2001.
Seguiu-se mais uma actuação do próprio Giles Peterson em sessão DJ, que, apesar de ter visto os seus discos extraviados durante a viagem, foi igual a si próprio – clássicos soul e funk misturados com algum exotismo caribenho, brasileiro e até, porto-riquenho! Só faltou mesmo a caipirinha...

The Heritage Orchestra Introduction

SOS Hipocrisia
Como devem ter notado (não muito, se calhar) decorreu sábado, 07.07.07, o Live Earth. O serviço público radiofónico e televisivo realizou emissões especiais para a transmissão de concertos, entrevistas, análises mais ou menos especializadas, etc. etc.. O “culpado” da iniciativa parece ter sido George Bush que, ganhando as eleições a Al Gore, apesar de ter menos votos, provocou neste último um filantropismo ecológico, bem ao gosto da sociedade americana. Descobriu-se que existe um planeta chamado Terra que precisa urgentemente de ser salva e o senhor, a troco de sabe-se lá de quê, promoveu a realização de um aclamado filme/documentário e agora, de um evento à escala mundial. A música, mais uma vez, serviu de pombo correio, embora nos pareça que o pombo está já um pouco cansado! Ligando a RTP, lá temos alguns concertos, as tais entrevistas em que se pedem medidas e onde todos são especialistas! Que se os homens e tal e se a terra e tal e a água e tal... Entretanto, a RTP2 apresenta, em directo, uma corrida de automóveis na cidade, em que foram deitadas abaixo algumas árvores (“mas foram só muito poucas”), espalhado alcatrão, onde se promove a velocidade e em que cada pneu deve custar uma fortuna... Damos connosco a pensar no contrasenso de tudo isto! Já passamos, ingenuamente, pelo Live Aid de 1985 em que se pretendia combater a pobreza. Passados mais de vinte cinco anos, os ricos estão mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Pelo andar da carruagem a tendência nunca se inverterá. Com água e sem ela, com buracos de ozono ou sem ele, o homem todo poderoso só quer uma coisa – D.I.N.H.E.I.RO.! Por isso, como muitas das medidas necessárias para a salvação do planeta promovem a diminuição de lucros (petróleo, gás, indústria automóvel, etc.) não acreditamos em milagres (que p.ex. os grandes países mudem as suas políticas energéticas). Quem tem que mudar é cada um de nós (grande chavão...), individualmente, no dia-a-dia. O resto é... política!

Ah, voltando à música, os Arctic Monkeys recusaram participar porque rebatem que a luz que iria ser gasta no seu show dava para alimentar a energia de uma quantidade de casas em África, os U2, por incrível que pareça, não compareceram (amuaram?) e o que gostamos mais foi desta versão de ”Woman” pelos Wolfmother via rádio/Antena3 no sábado ao fim da manhã.
Wolfmother - Woman (Live Earth)

sábado, 7 de julho de 2007


FESTIVAL SBSR SUPERBOCK SUPERROCK Acto 2
Parque Tejo, Lisboa, 3, 4, 5 de Julho

Ufa! Terminada a maratona imposta por um cartaz imponente, é com enorme satisfação que aqui deixamos algumas impressões gerais sobre o evento. Depois, individualmente, seguem-se notas sobre os concertos. As fotografias são as possíveis, mas honestas!

LOCAL: já lá tínhamos estado aquando dos Pixies em 2005, mas o espaço está mais amplo, bem delineado e funcional. Vento e algum frio próprio da proximidade ribeirinha, mas a acessibilidade foi rápida e fácil. Múltipla oferta de bebida e alimentação, sem grandes filas ou confusões. Compreendemos que com 50 mil, aquando dos Metallica, o panorama tenha sido bem diferente;

PÚBLICO: 20 mil pessoas na terça, que desceu nitidamente na quarta, para ser ontem bem maior (40 mil?), talvez pelo efeito Interpol. Salvo alguns punks a rigor (sim, não é mentira) a tendência maioritária pareceu-nos vincadamente melómana, conhecedora e de atitude descontraída mas atenta.Todas a bandas tinham público a cantar os seus temas fossem os Clap Your Hands... ou os Magic Numbers, numa demonstração clara da globalização musical que a internet permite. Numa tendência imparável dos últimos anos, a presença feminina continua notoriamente em alta, em diversas perspectivas!


SOM/VISIBILDADE: o som em todos os concertos esteve bom, mesmo quase perfeito. Tal como deve ser, tentamos ver os concertos o mais perto possível do palco, nalguns casos com os apertos e moshes da praxe. Reparo para a largura imponente (exagerada?) do palco que levou à colocação das cameras de TV interna e respectivos operadores muito no centro do palco e a uma altura exagerada, dificultando a visão de todos os que lateralmente viam as bandas. Nalguns casos, ao olhar para o palco, a confusão entre vocalistas ou outros músicos com os "cameramans" era irritante. A rever.


Dia 3, Terça-feira
KLAXONS

Excelentes canções a que faltou uma maior adesão do público, talvez por ser ainda cedo e de tempo cinzento e inconstante. Resultaria certamente melhor em período nocturno e com o aquecimento já feito. Mesmo assim, bom desempenho e já muitos os fãs na plateia, o que adivinha um excelente futuro e nos faz pensar na anulação do concerto na Casa da Música, onde, num espaço mais pequeno, a celebração teria sido outra...


MAGIC NUMBERS
A surpresa do festival. Conhecíamos os seus discos de excelentes canções, até viciantes. Ao vivo a perfomance supera todas as expectativas, com um som límpido, bem executado, de empenho sincero e em crescendo. Pop sem data que caiu mesmo muito bem, em que cada tema é um potencial hit. Simpaticos, os dois casais de irmãos de aparência freak, conseguiram ser brilhantes!


BLOC PARTY
Em menos de um ano, esta era a terceira vez que víamos os Bloc Party! Três concertos, três experiências diferentes. Imbativel, contudo, a perfomance de Coura, a primeira. Aqui, apesar de bom, o concerto foi algo desapontante, talvez por a banda apostar numa certinha transposição dos temas, num rigor que ao vivo pode ser (é) fatal. Pede-se maior descontracção ou então mais descanso. Sim, pareceram muito cansados mas, mesmo assim, as canções são excelentes. Gostamos cada vez mais de “Like eating glass”...


ARCADE FIRE
O melhor do festival! Resultado esperado, mas sujeito a confirmação. Desde o início até ao fim, não há tempo para relaxamentos ou distracções. A adesão do público insuperável e surpreendente até para a banda, que nos convidou a todos para os substituir no palco. Música envolvente e penetrante que nos obriga a reagir, cantando, batendo palmas ou, pura e simplesmente, absorvendo... Indiferença é impossível acontecer e tanta energia e entrega são inesquecíveis. O colectivo transpira confiança a todos os níveis e distribui essa vitamina infalível a todos nós. Resultado – canções transformadas em hinos entoados em coro, abanar constante do corpo e sempre aquela sensação de que “melhor que isto é impossível”. Errado, porque uma nova e intensa dose se aproxima! Power out...Nunca!


Dia 4, Quarta-feira
CLAP YOU HANDS SAY YEAH

Com dois discos bem interessantes, foi com alguma curiosidade que encaramos este concerto. A voz e pose do vocalista são em, alguns momentos, irritantes mas a habituação permite diluir o incómodo e apreciar um espectáculo escorreito, sem falhas ou risco. O tema “The Skin of My Yellow Country Teeth" continua a ser a nossa preferida e foi sem dúvida um bom momento do concerto.


MAXIMO PARK
Em 2005 no Sudoeste os Maximo Park, apesar de enérgicos, sofriam de alguma dose de inexperiência. Os tiques exagerados do vocalista e teclista também não ajudavam. Agora, bem mais rodados e com uma atitude bem mais natural, a banda agarra o público com os seus temas rock indie de efeitos directos e sem rodeios. O vocalista não pára e essa vitalidade é importante para o sucesso da actuação.


THE JESUS AND MARY CHAIN
Talvez o pior concerto entre os melhores...Vê-los em 2007 nada tem a ver com os verdadeiros e intratáveis Jesus de 1988 no Pavilhão Infante Sagres. Escuridão, feedbacks, provocação, discussão e desafinanços. Nada disto aconteceu. Os JAMC regeneraram-se, têm contas para pagar e o resultado é insabido, encapotado e nada espontâneo. No entanto, foi bom ouvir velhos temas principalmente “Happy when it rains” ou “Some candy talking”, mas não chegou.


LCD SOUNDSYSTEM
Outro dos momentos grandes! Tal como os Bloc Party esta era terceira vez, mas podem continuar a ser muitas mais porque não vamos enjoar! A máquina LCD é imparável, o público é maioritariamente fã e conhecedor e o turbilhão é impressionante. Aos primeiros acordes de “Tribulations” ou “North american scum” a reacção é avassaladora. Murphy e companhia juntam-se no meio do imenso palco e dali são disparadas bombas contínuas que nos deixam de rastos... Um senão – terminar com “New York I Love You” foi algo decepcionante. Que tal o míssil “Disco infiltrator”?


Dia 5, Quinta-feira
THE GOSSIP

Beth Ditto é já uma figurona de peso da história do rock. Os cartazes/desafio de indole sexual provocatórios estavam espalhados um pouco por toda a audiência mas, tendo em conta o que já lemos e vimos, a moça até se portou muito bem! Trio electrizante de bateria baixo/guitarra e aquele vozeirão que não deixa ninguém indiferente. A excelente versão de “Carless Whisper” dos Wham recentemente gravada, revela-se, ao vivo, como um dos grandes temas deste festival! Claro que “Standing in the way of control” a terminar leva ao delírio os já imensos fãs. Love you, Beth!


TV ON THE RADIO
Sabíamos da qualidade deste projecto, mas ao vivo aconteceu a confirmação. São, sem dúvida, uma grande banda a merecer mais atenção. Depois de um primeiro disco prometedor e um segundo disco imenso, aqui está uma banda diferente, inovadora, musicalmente e tecnicamente irrepreensível. Carisma e simpliciade, sem artifícios ou exageros, o futuro passa por aqui. Surpreendente! Staring at the Sun!


SCISSOR SISTERS
Ora bem, toca a mexer! Dança, provocação e movimento. Let’s get physical! A quantidade de fãs no feminino que cantavam/gritavam de fio a pavio os já muitos hits dos Scissor elevam já a banda para fenómeno de culto. No meio de tudo isto, é contagiante a adesão popular, embora o espectáculo nos pareça demasiado encenado e rodado. A simulação de felllatio, entre ela e ele e ele e ela, cheirou a exagero, mas... Não falta muito e ainda vão terminar no Pavilhão Atlântico. Apesar de tudo, gostamos!


INTERPOL
O muito aguardado concerto dos Interpol dividiu e dividirá opiniões. De pose, para uns natural, para outros artificial, uma coisa é para nós evidente – classe não falta! Os temas, qualquer um deles, são mesmo muito bons o que arrasa com outro tipo de argumentos. A envolvente de tudo isto é negra, escura e a banda, nos seus clássicos trajes a rigor, tem já e desde sempre o público na mão. Aos primeiros acordes de “Slow-hands”, “Stella” ou outros, muitos não acreditam e deitam as mão à cabeça e fecham os olhos. Para todos os efeitos, um grande concerto. A espera tem destas consequências – elevamos as expectativas a valores inatíngiveis. O valor dos Interpol é cruamente este. E chega perfeitamente!

NOTAS -/+:
(-) faltaram na apreciação aos concertos as bandas portuguesas que iniciaram as hostilidades em cada um dos dias, já que só conseguimos chegar ao recinto a tempo das bandas estrangeiras;
(+) sendo um festival urbano, sem palcos secundários ou acampamentos de proximidade, todos os dias o público ia crescendo ao longo da noite. Excelente ideia a distribuição dos pequenos horários das actuações que foram sempre cumpridos;
(-) encaixadas a seguir umas às outras e com horários para cumprir, as bandas presentes eram todas por nós conhecidas e, nalguns casos, acabaram por não tocar “aquele” tema que tanto esperavamos... São exemplo os maravilhosos “C’mere” dos Interpol e “Neighborhood nr. 2 (Laika)” dos Arcade Fire. Fica para a próxima;
(-) a anulação de actuações é sempre negativa mas deve ser devidamente informada aos interessados – nós, o público. Soubemos pela rádio, meia hora antes de chegar ao recinto, que os Rapture não iriam tocar. No recinto tal informação não existia nem por via sonora ou outra... Era ouvir inúmeras pessoas “mas não eram os Rapture agora?!”;
(+) o SBSR vale pelas bandas que apresenta – pela MÚSICA - sem existir aquele efeito “Kate Moss”, largamente discutido ultimamente na imprensa, em que os festivais são montras sociais “eu estou cá mas não sei o que vim ver” presente em outros festivais de verão. Seria pertinente e importante a continuação desta aposta em bandas modernas, “alternativas” mas já firmadas no panorama musical.
(+) pela qualidade das bandas e respectivos concertos, sem tempo para beber uma cerveja ou para o “chi-chi” obrigatório, este foi, sem dúvida, um dos melhores festivais já realizados em Portugal e que será difícil de bater. Mesmo assim, esperamos um SBSR 2008 igualmente intenso!

terça-feira, 3 de julho de 2007

DUETOS IMPROVÁVEIS #7
ARCADE FIRE & DAVID BOWIE
Wake up
FashionRocks Festival, Nova Iorque, Setembro 2005



FAROL # 29
John Lennon expulso de casa por Yoko, cocaína, Stevie Wonder, Paul MacCartney, 1974... Histórias desconhecidas dum filão infindável e "músicas" nunca por aqui ouvidas. Tudo ao alcance de um click!

CURTAS EM GRANDE!
O Festival Curtas Vila do Conde, que decorre de 7 a 15 de Julho, apresenta este ano uma programação multifacetada e atractiva. Destacam-se uma exposição/ homenagem a Alfred Hitchcock, algumas curtas em estreia portuguesa de David Lynch, tributos à “Blackexploition” e um ciclo dedicado a Peter Whitehead, cineasta que filmou, entre outros, os Rolling Stones, os Led Zepplin e os Pink Floyd nas suas fases iniciais nos anos sessenta. Já no próximo sábado será apresentado Rare Rolling Stones Film, onde se retrata a primeira digressão dos Stones pela Irlanda em 1965 e no dia 13, sexta, serão projectados filmes sobre os Beach Boys, Pink Floyd e Led Zepplin. Entretanto, o Clube do Festival (-3b) tem uma programação dj bem interessante... Tudo, a não perder!
Para os mais ansiosos o festival faz a antestreia nacional do novo Tarantino "Death Proof" já no sábado dia 7.

segunda-feira, 2 de julho de 2007


LUNARIDADES #17

. a revista BLITZ faz um ano de publicação. Apesar de algumas falhas incompreensíveis, como a reduzida cobertura de concertos ao vivo, acabamos sempre por a comprar! Visualmente é simples e clean e gostamos principalmente daquelas reportagens de fundo sobre concertos antigos ou histórias das bandas. O site é um êxito e a revista parece vender 15.000 exemplares mês. Concorrência também não existe...

. o Porto prepara-se para receber mais umas corridinhas de automóveis onde se gastam (gastamos?) fortunas e que tem como programa paralelo socio/cultural um concerto dos The Bootleg Beatles marcado para o Pavilhão Rosa Mota no próximo dia 12... Seria talvez mais coerente ter contratado os Cars ou os The New Cars (argghhh...) que nunca cá estiveram (os Bootleg Beatles tocaram no Coliseu em 2006) e seria bem menos ridículo! Ou não...

. só este ano já se reuniram os Smashing Pumpkins, os Police, os Rage Against The Machine, etc., etc.. Agora seguem-se, pelo que consta, os The Verve e, pasme-se, os Led Zepplin! Já os estamos a ver em Vilar de Mouros em 2008! Seria um grande recomeço do festival e nós, em pose air guitar, estaríamos na primeira fila!

. aproxima-se rapidamente o 2º acto do SBSR, talvez o melhor festival de música realizado em Portugal mesmo antes de acontecer. O alinhamento é impressionante e, salvo algum imprevisto, lá estaremos. As expectativas são enormes!